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O bom marido
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— Mas eu é que não consinto que redobres de trabalho! Costurar á noite, que horror! Nunca!

Izabel, que já conhecia o genio do marido, cedeu provisoriamente e finda a licença retomou as aulas, deixando em casa o marido ás voltas com o pimpolho.

Correu tudo muito bem durante os primeiros dias, emquanto brincar com o filho era para Théo novidade.

Ao termo de duas semanas, porém, fartou-se e principiou a sentir saudades da pharmacia. Disse-o á esposa, estylizando.

— Não vae bem assim. Izabel. Perco o meu tempo aqui a lidar com o menino e desse modo não arrumo a vida. Quinze dias já que não procuro emprego!

— Não t'o dizia? O melhor é fazer como pensei. Tomo costuras de fóra e ponho creada.

— Mas não posso me conformar com esse redobro de trabalho, Izabel! Vá que ensines, mas costurar para fóra...

— Que é que tem? Nada me custa, sou forte, e alem disso é o geito...