Página:O mandarim (1889).djvu/165

Wikisource, a biblioteca livre
O MANDARIM
153

 

moveis. Vira os meus esforços, o meu desejo de ser util á sua prole, á sua provincia, á sua raça — e, satisfeito, accommodára-se regaladamente para a sua sésta eterna. Eu nunca mais avistaria a sua pança amarella!...

E então mordia-me o appetite de me achar já tranquillo e livre, no pacifico gozo do meu oiro, ao Loreto ou no boulevard, sorvendo o mel ás flôres da Civilisação...

Mas a viuva de Ti-Chin-Fú, as mimosas senhoras da sua descendencia, os netos pequeninos?... Iria eu deixal-os barbaramente, na fome e no frio, pelas viellas negras de Tien-Hó? Não. Esses não eram culpados das pedradas que me atirara a populaça. E eu, christão, asylado n’um convento christão, tendo á cabeceira da cama o Evangelho, cercado d’existencias que eram