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O MANDARIM

 

juizos sociaes d’uma raça barbara! Pretendo, com o botão de crystal de Mandarim, remodelar os destinos da China, trazer-lhe a prosperidade civil — e veda-m’o a lei imperial! Aspiro a derramar uma esmola sem fim por esta populaça faminta — e corro o perigo ingrato de ser decapitado como instigador de rebelliões! Venho enriquecer uma villa — e a turba tumultuosa apedreja-me! Ia emfim dar a abundancia, o conforto que louva Confucio, á familia Ti-Chin-Fú — e essa familia some-se, evapora-se como um fumo, e outras familias Ti-Chin-Fú surgem, aqui e além, vagamente, ao sul, a oeste, como clarões enganadores... E havia d’ir a Cantão, a Ka-ó-li, expôr a outra orelha a tijolos brutaes, fugir ainda pelos descampados, agarrado ás crinas d’um potro? Jámais!