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Página:O mandarim (1889).djvu/191

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O MANDARIM
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denava- agora aos seus cocheiros que atropellassem nas ruas o corpo encolhido do plumitivo de Secretaría. O clero, que eu enriquecera, accusava-me de feiticeiro; o povo atirou-me pedras; e a Madame Marques, quando eu me queixava humildemente da dureza granitica dos bifes, — plantava as duas mãos á cinta, e gritava:

— Ora o enguiço! Então que quer vossê mais? Aguente! Olha o pelintra!...

E apesar d’esta expiação, o velho Ti-Chin-Fú lá estava sempre á minha ilharga, obeso e côr d’óca, — porque os seus milhões, que jaziam agora estereis e intactos nos Bancos, ainda de facto eram meus! Desgraçadamente meus!

Então, indignado, um dia subitamente reentrei com estrondo no meu palacete e no meu luxo. N’essa noite,