O MANDARIM
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mar para o meu palacete, commentando as felicidades inaccessiveis que lá deviam habitar!
Emfim, reconhecendo que a Consciencia era dentro em mim como uma serpente irritada — decidi implorar o auxilio d’Aquelle que dizem ser superior á Consciencia porque dispõe da Graça.
Infelizmente eu não acreditava n’Elle... Recorri pois á minha antiga divindade particular, ao meu dilecto idolo, padroeira da minha familia, Nossa Senhora das Dôres. E, régiamente pago, um povo de curas e conegos, pelas cathedraes de cidades e pelas capellas d’aldeia, foi pedindo a Nossa Senhora das Dôres que voltasse os seus olhos piedosos para o meu mal interior... Mas nenhum allivio desceu d’esses céos inclementes, para onde ha milhares d’annos