Página:O matuto - chronica pernambucana (1878).djvu/109

Wikisource, a biblioteca livre

O vulto era o moleque, já então quase negro feito, que lhe tinha posto os cachorros em cima àquela fatal noite. Lourenço reconheceu-o logo: nem foi preciso para isto esforço, visto que uma vez por outra o estava vendo, ora entrar, ora sair do sitio.

— Que está você fazendo ai? perguntou ele, com voz de senhor arrogante e provocadora.

Benedicto voltou-se espantado, e por única resposta, vendo quem a ele se dirigia, proferiu estas palavras:

— Que quer saber? É da sua conta?

E com gestos e meneios de quem fazia pouco caso do visitante, deixou-se ficar na mesma posição

em que se achava, a saber, de cócoras à beira da cova, e de costas voltadas para o seu interlocutor.

Veja lá como fala — retorquiu Lourenço,