Página:O matuto - chronica pernambucana (1878).djvu/209

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Que razão teve Francisco para, apenas chegado da capital, ir em demanda do filho? Seria acaso para evitar que o rapaz se deixasse envolver em algum distúrbio como aconteceu? Seria para fazê-lo sair da desordem, segundo fez, no caso de já o achar colhido nas malhas dela?

A razão foi outra. Não temia Francisco os perigos do samba. Desde pequeno sentia paixão por este divertimento, de que fora ardente cultor na mocidade. Grande parte dos versos com que Lourenço deliciara os festeiros da casa de Victorino, ele os aprendera de Francisco, insigne cantador e repentista. A fama deste ultimo era tal que muitos dos matutos daquelas vizinhanças andavam espreitando a ocasião de ir Francisco ao Recife para fazerem com ele