Página:O matuto - chronica pernambucana (1878).djvu/27

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muitas vezes passando de leve a mão esquerda por cima deles, enquanto com a direita apanhava muito naturalmente as esporas ou a faca aparelhada de prata, a maca onde vinha o melhor fato e alguma vez jóias preciosas e dinheiro, o relógio, que descansava sobre uma mala, o gibão novo que estava pendente do galho da arvore ou do punho da rede.

Tal era aquele cujo fim trágico Francisco se propôs contar aos companheiros.

Para melhor ouvirem a narração, reuniram-se os matutos ao pé do narrador, uns fumando em cachimbos de barro, outros comendo da matalotagem que traziam em mochilas de algodão ainda hoje em uso entre esta espécie de gente por ocasião de suas jornadas.