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Página:O matuto - chronica pernambucana (1878).djvu/37

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braço teria botado abaixo os de Manoel Francisco e de Victorino reunidos, visto que tinha podido com os de Francisco, que era apontado em todos os ranchos, desde Goyanna até o Recife, como o primeiro pegador de queda-de-braço daquellas alturas.

— Lourenço! Demonio! Ladrão sem vergonha! exclamou enfurecido o velho Ignacio, os olhos postos no actor principal daquella scena de desordem e escanlado. Quando quererás entrar no bom caminho, coisa ruim e desprezivel?

— Soltem-me. Quero ir-me embora—respondeu Lourenço, rugindo de raiva, e revolvendo-se entre os braços dos matutos a quem Francisco o tinha abandonado logo que reconheceu nelle os annos juvenis que na escuridão o fizeram ter por forte e varonil athleta.

— Que menino! disse Francisco, correndo-o com a vista de cima a baixo. Tem força que nem um touro.

— Assim é que eu gosto de ver um cabrinha bom—disse Victorino. Sem páo nem pedra está dando que fazer a todos nós.

De feito Lourenço atirava-se ora para um, ora para outro; investia contra este; atracava-se com aquelle, por fugir do circulo em