Página:O matuto - chronica pernambucana (1878).djvu/410

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vou esperar os inimigos da banda de fora com meus companheiros.

— Quantos estão aqui?

— Dezenove, respondeu Germano.

— Não, agora somos trinta, respondeu ao pé do sargento-mór o Roberto, que descera. Nesse momento nova descarga soou na sala do sobrado. João da Cunha, espantado, perguntou a Roberto:

— Quem é que ainda atira lá em cima? Não estão vocês todos cá embaixo?

De feito, todos os negros, que Roberto capitaneava, achavam-se com os outros no armazém.

— É a senhora d. Damiana, com as negras.

— Que loucura! E onde acharam munições? Onde acharam munições?

— Lá em cima. A senhora d. Damiana tinha muitas dúzias de cartuchos guardados. Cada um de nós tem já a patrona cheia.

— Graças, meu Deus! exclamaram os fidalgos. Mas então porque desceram, porque abandonaram seu posto? perguntou o sargento-mór.

— Foi ela que nos mandou para baixo. Ela disse que havia mais necessidade de nós