multidão veiu ao seu encontro e embargou-lhes o caminho.
— Afastai-vos, miseraveis! gritou Luiz Vidal. Vou a salvar uma dona honrada. Para o lado, villões! Para o lado.
— A quem vás tu salvar, mazombo infame! perguntou-lhe o sujeito que vinha na frente da onda.
Os fidalgos reconheceram o que lhes dirigira este apodo acerbo. Era o Belchior.
— Será a escopeteira? perguntou outro sujeito em quem elles reconheceram Manoel Rodrigues—o taverneiro.
— A escopeteira! A escopeteira! articulou terceiro com ares de mofa. Está nas unhas do nosso commandante, o bravo Antonio Coelho.
Quem assim fallava era o alfaiate Manoel Gaudencio.
Coelho de feito, entrando no sobrado do momento em que de fóra ainda se pedia o coração, a cabeça de d. Damiana em paga da vida do frade, correu á senhora-de-engenho e disse:
— Senhora, senhora minha, si não vos entregais em minhas mãos, mata-vos a multidão!
E dizer-lhe estas palavras foi o mesmo