Página:O matuto - chronica pernambucana (1878).djvu/91

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veneráveis dos tempos felizes em que, levando a vida entre a vila e os engenhos, entre a casa paterna e os painéis que a natureza expõe gratuitamente aos que para ela têm os seus principais afetos e a sua primeira admiração, meu espirito adejava, como os sanhaçus e os bentevis, por sobre as folhagens, mergulhado alternativamente já em luzes, já em sombras, mas sempre enleado e passado de inocente contentamento.

Para o homem do norte o engenho de açúcar é o representante de imemoriais e gloriosas tradições. Especialmente o pernambucano nasce vendo com amigos olhos aquelas grandes propriedades que são como os seus castelos feudais. O engenho é o solar do norte. A nobreza do país principiou por ele; não conheceu outro solar. Ele figura nas maiores paginas da historia daquela parte do vasto império. Sua importância é lendária, histórica e santa.

E querem agora que à cana-de-açúcar se substitua o café! Promovem a extinção do giganteo elemento que produziu e perpetuou fortunas respeitáveis naquela grande região!

Aperfeiçoar os processos de cultura dessa planta ilustre, a que Pernambuco deve brilho