o Felisberto, que a cólera do hóspede não conseguira fazer calar por muito tempo, papagueava, como de costume, muito interessado em fornecer pormenores sobre o seu encontro com o Costa e Silva, para provar que nada lhe dissera sobre o modo de vida de padre Antônio no sítio da Sapucaia, tendo-se limitado a contar-lhe apenas que o conhecia e o sabia vivo. Nem mesmo houvera tempo para mais, valha a verdade, por Deus Nosso Senhor o jurava. O encontro dera-se na casa da família Labareda, onde o Felisberto fora receber dinheiro e o Costa comprar vinte libras de guaraná para o Elias, um sujeito do Pará. Por sinal que a família Labareda era muito ladrona, pois que vendera ao Costa e Silva o guaraná por muito mais dinheiro do que lhes dava a eles que o colhiam. Fora a primeira vez que o Felisberto vira esse desaforo, de que não fazia idéia, e se não fosse o medo de perder a freguesia, teria reclamado. O Costa lhe perguntara, quem és tu? Sou neto do meu avô João Pimenta, Jiquitaia,
Página:O missionário.djvu/679
Aspeto