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Página:O precursor do abolicionismo no Brasil.pdf/239

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O PRECURSOR DO ABOLICIONISMO NO BRASIL
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ca: “Saudades do Escravo”, “Calabar” e “O Tropeiro”. [1]

Na edição seguinte, esse numero cresce notavelmente, aparecendo mais as seguintes composições: “A Rodrigues dos Santos”; “Enlevo”; “A Garibaldi”; “Teu nome”; “Prometeu”; “Saudade” e “Olinda”. Isso quer dizer que apezar da observação de Gama, no “Prefácio”, dizendo haver lançado mão das poesias de José Bonifácio, sem autorização deste, que lhas oferecera sem visar publicá-las, o gesto não desgostára o amigo, tanto assim que os trabalhos do Andrada tinham subido de tres para dez, na segunda fornada do livro. E prova mais que a camaradagem era suficientemente estreita para que Gama fizesse o que fez, sem licença prévia do amigo.


Os testemunhos dos contemporaneos, que com ele privaram, são unanimes em frizar-lhe esse aspeto da personalidade: Raul Pompéa, Rui Barbosa, Brasil Silvado, Alberto Torres, Americo de Campos...

Embora elevado ás culminancias da fama, áquelas alturas que o nosso país comportava, podendo ter sido tudo o que lhe aprouvesse, bastando-lhe, para tanto, não

  1. Reporto-me à informação de José Feliciano, no artigo retro citado do «Estado de São Paulo». Não possuo a 1.ª edição das «Trovas». Apezar de meus esforços, apenas consegui a segunda e a terceira.