sociedade de auxílios mútuos, baseada unicamente nos costumes e usanças dessa boa gente, que não dispondo muitas vezes senão do seu único braço para o serviço, planta todavia roças consideráveis, e obtém a colheita necessária para a sua subsistência.
Este uso não é somente dos roceiros, e é também posto em prática pelas mulheres que vivem de fiar e tecer, das quais antigamente havia grande número na província de Minas, alimentando com o seu trabalho esse ramo de indústria outrora mui importante e florescente.
Mas o mutirão não consiste simplesmente no desempenho de uma tarefa de trabalho. O dono ou a dona da casa tem por obrigação regalar os seus trabalhadores do melhor modo possível, e a reunião e a boa mesa trazem sempre como conseqüência natural os divertimentos e folguedos. Assim trabalha-se de dia, e à noite toca a comer e beber, a dançar, cantar e folgar.
Umbelina convidou para a festa as comadres e amigas mais chegadas da vila e das vizinhanças a virem passar alguns dias em sua casa, a fim de ajudarem-na a desmanchar algumas arrobas de lã e algodão, que queria pôr no tear, e para as regalar