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Página:O seminarista (1875).djvu/177

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Dois anjos a um tempo tomavam Eugênio pela mão, e o convidavam para o céu.

Um era a piedade, que lhe mostrava os degraus do altar, e lhe corria diante dos olhos maravilhados os véus sacrossantos, que encobrem o trono de Deus.

O outro era o amor, que lhe entreabria a porta misteriosa da alcova nupcial, e lhe apresentava a imagem de Margarida.

O despertar do espírito religioso na alma do mancebo, alimentado e auxiliado por contínuas exortações e conselhos dos padres, já era um grande passo para a consecução do fim que tinham em vista. A paixão ascética ia pouco a pouco ganhando sua alma, e em breve os afetos profanos não encontrariam nela nem mais um cantinho onde aninhar-se.

Aplaudiam-se entre si deste resultado, e já não duvidavam de que mais tarde ou mais cedo o triunfo seria completo, e o moço abjurando de uma vez todas as paixões terrenas se entregaria sem resistência nos braços de sua natural vocação - o sacerdócio.

Escreveram ao pai de Eugênio:

"Graças ao Todo-poderoso e aos nossos perseverantes esforços, a ovelha desgarrada vai se encaminhando