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o sertanejo
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     — Pois então ? Não hade ceiar tambem ? Deixa a outra, amigo José Bernardo.

     A sucia levantara-se para seguir o vaqueiro ao outro lado, curiosa de saber o que havia. Desse breve instante aproveitou-se Arnaldo para atravessar o terreiro e coser-se á varanda.

     Pôde então escutar o resto da conversa.

     — Simule quantas razões lhe approuver, primo Fragoso, é debalde : não me convence de que o mais chibante casquilho do Recife se lembrasse de vir á este sertão ferrar bezerros e comer coalhada escorrida, que aliás não é máo petisco.

     — Eu estou com o Ourem ; disse o capitão João Corrêa ; não lhe acho muito geito de fazendeiro, cá ao nosso amigo.

     — Bom caçador de boi, é elle ; observou o Daniel Ferro. Quando está nos Inhanuns seu divertimento é atirar no gado barbatão.

     — E ande lá que não hade ser má caçada.

     — Excellente ! affirmou Fragoso.

     — Mas então, Ourem, que feitiço é êste que traz o nosso amigo encantado por estas paragens ?

     Marcos Fragoso preveniu a replica :

     — Já que tamanho emprenho fazem em conhe-