se entrevia e o que se adivinhava da fisionomia como do talhe, denunciava encantos de fascinar.
Eram além daquele sorriso perlado, uns olhos negros e aveludados que cintilavam sob o capuz como estrêlas em noite procelosa, uma cintura de vespa, e um pé arqueado que aparecia por baixo da orla da vasquinha parda.
— Raimundo, homem, passa para cá a mandureba! Olha o diabo, como escorropichou!
— Não sei que tem êste vinho, hoje! observou Moirão, enxugando a bôca do sôrvo. Acho-lhe assim um travo como de engaço! Não sentem?
— Deixe ver!
— Eu já lhe tinha sentido.
— Há de ser da borracha.
— E não é só o vermelho; a branca também tem o mesmo gôsto.
— Mas vão escorregando; que dizem? Ainda nenhum se engasgou que eu visse.
— Então, Rosinha, não tomas um trago também?
— Para beber à sua saúde, sr. Onofre.
— Pois vá lá. À nossa, feiticeira!
— André, dá um pulo lá embaixo, homem, e tira as mochilas dos cavalos, para que almocem