Página:O sertanejo (Volume II).djvu/181

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— Pois vá querendo, respondeu-lhe Arnaldo resoluto.

— Êle está com mêdo do boi! disse Jaime triunfante.

— Arnaldo não tem mêdo de nada! acudiu Alina.

Flor, porém, que desejava ardentemente o acho de catolés, empregou o meio que ela sabia infalível para render Arnaldo. Pousando-lhe a mãozinha mimosa no ombro, disse-lhe com meiguice de rôla:

— Tire um cacho pra mim, sim, Arnaldo? Tire que eu lhe quero muito bem.

— Pois então ponha-se no poleiro, que o boi é manhoso.

Arnaldo levantou as duas meninas e deitou-as de sobrado nos ramos das árvores; o Jaime deixou-se ficar no chão, mas por segurança junto ao pé do pau.

Quando o boi percebeu que Arnaldo ia direito aos catolezeiros, voltou-se raivoso; o rapazinho atirou um galho sêco ao animal, que investiu furioso. As meninas gritavam estremecendo aos urros medonhos; e Jaime já estava de palanque para ver correr aquele touro.