um dragão, em cuja figura a tradição católica simbolizava o inimigo. Aquela circunstância ficou-lhe gravada, trabalhou-lhe no espírito e afinal deu de si. Um dia Flor lembrou-se de pisar a cabeça de uma cobra.
Os outros riram-se; mas Arnaldo achou aquilo muito natural.
No outro dia, quando saíam a passeio, o filho da Justa levou o rancho a um oitizeiro, onde mostrou-lhes a curiosidade que alí tinha guardada. Era uma cascavel amarrada pelo pescoço ao pé da árvore, e furiosa por escapar-se.
Jaime avistando a cobra quis matá-la, pelo que Arnaldo ia brigando com êle. Alina deitou a correr e Flor, a-pesar-de corajosa, ficou um tanto passada.
— Não tenha mêdo; arranquei-lhe todos os dentes.
Dizendo o que, Arnaldo agarrou a serpente pelo pescoço, abriu-lhe a bôca ensanguentada, e meteu nesta os dedos. Animada com isso, D. Flor aproximou-se, e segurando Arnaldo a cauda da cascavel para que não se enrolasse na perna da menina, satisfez esta o seu capricho, ecalcou