Arnaldo, que trazia um casal de jaçanãs para Flor. Dando com a procissão parou surpreso, e compreendeu logo a natureza do brinquedo, que os outros aliás trataram logo de explicar.
Esteve o menino uns instantes perplexo; de repente saltou sôbre Jaime, separou-o de Flor, atirou com êle no chão arrancando-lhe as fitas de que vinha enfeitado; correu depois ao altar que deixou em destrôço; e sumiu-se.
Passou fora oito dias.
Foi dessa vez que, vagando pelo campo do lado do Riacho do Sangue, encontrou atirado ao chão um homem nos últimos arrancos.
Arnaldo perguntou-lhe o que tinha:
— Sede! respondeu o morimbundo com a voz extinta.
Cortou o menino uma haste de mandacarú, e tirando os espinhos, espremeu-a na bôca do desconhecido, para aplacar o maior ardor, enquanto ia à busca de uma cacimba, pois era pela sêca e os rios já tinham desaparecido.
Reparou então o menino que o velho tinha as mãos atadas às costas:
— Quem o amarrou?