Página:O sertanejo (Volume II).djvu/261

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trazia o bacamarte mandado por D. Genoveva. Recebendo a arma, o Campelo sem hesitar apontou-a na direção do cavaleiro que levava a mulher.

Lembrou-se que podia matar a filha, embora tivesse feito pontaria no cavalo; mas essa filha adorada, êle antes a queria morta por sua mão, do que roubada à sua ternura e profanada por infames.

Dois dos cavaleiros caíram; mas o que levava a mulher e outro passaram incólumes e desapareceram além na várzea.

A êsse tempo chegava D. Genoveva montada a-cavalo, e acompanhada de pagens que traziam o ruço, assim como de toda a gente que pôde armar às pressas para correr em socorro da filha. Nesse momento ela não gritava; as lágrimas saltavam-lhe dos olhos, os lábios moviam-se rezando, mas sua atenção acudia a tudo com ânimo varonil.

Campelo montou no ruço, e partiram êle, a mulher e a escolta como um turbilhão.

O raptor de sua filha levava grande avanço; mas o capitão-mór não refletia nesse momento. Era impossível que êsse homem lhe escapasse; êle