Página:O sertanejo (Volume II).djvu/266

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mais facilmente a arrastaria para o mato.

Quando o punhal descia sôbre a espádua de Flor, abriu-se a folhagem e surgiu Arnaldo. Tão medonho era seu aspecto que a cigana ao vê-lo crescer para ela, fugiu espavorida, levando enleada no braço a capa da donzela.

O sertanejo com a faca desembainhada arrojou-se a ela, mas a voz de D. Flor o deteve:

— Não a mate, Arnaldo! Agarre-a para que meu pai a castigue.

A cigana, porém, tinha desaparecido; e as falas que já se ouviam dos cavaleiros advertiram a Arnaldo que para salvar D. Flor não havia um instante a perder.

— Venha! disse êle para a donzela.

— Para onde?

— Para a casa.

— Quem é esta mulher? Que me queria ela?

— Entregá-la ao Marcos Fragoso.

O sertanejo abria a folhagem para que a donzela passasse mais facilmente; porém ainda assim era demorada a sua marcha. As vozes dos cavaleiros aproximavam-se e já entre elas distinguira o mancebo a de Fragoso. Entretanto ainda soavam