Flor, que pouco antes apartara-se do grupo da família, fôra sentar-se no banco da oiticica, e engolfou-se nas cismas, que despertava a lembrança ainda tão recente dos acontecimentos que haviam agitado sua existência feliz e serena.
Arnaldo aproximou-se, e viu o mavioso semblante da donzela tocado de uma doce melancolia, como se o crepúsculo do céu que ela fitava se refletisse em suas feições gentís. Os grandes olhos límpidos e brilhantes empanaram-se; e duas lágrimas rolaram pelas faces rubescentes.
— Está triste, Flor? disse Arnaldo.
A donzela sobressaltou-se:
— Estou com pena de Leandro.
— Queria-lhe muito? perguntou Arnaldo trêmulo.
— Era meu primo; e morreu por minha causa.
— Só?...
O sertanejo interrogou o semblante de Flor, que pousando nele seus olhos aveludados, respondeu:
— Deus não quer que eu me case, Arnaldo!
No transporte do júbilo que inundou-lhe a alma, o sertanejo alçou as mãos cruzadas para