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Voltas.
C’hum real d’amor,
Dous de confiança,
E tres d’esperança,
Me foge o trédor.
Falso desamor
S’encerra naquelle
Que hum real me deve.
Pedio-mo emprestado,
Não lhe quiz penhor:
He mao pagador;
Tendo-mo afferrado.
C’hum cordel atado,
Ao Tronco se leve;
Que hum real me deve.
Por esta travéssa
Se vai acolhendo:
Ei-lo vai correndo,
Fugindo a grã pressa.
Nesta mão, e nessa
O falso se atreve,
Que hum real me deve.
Comprou-me o amor,
Sem lhe fazer preço:
Eu não lhe mereço
Dar-me desfavor.
Dá-me tanta dor,
Que ando apos elle
Pelo que me deve.
Eu de cá bradando,
Elle vai fugindo;