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SCENA II.
Vilardo e Solina.
VILARDO.
Quem chama?
SOLINA.
Vem cá, moço; eu te chamo.
Qu’he de teu amo?
VILARDO.
Ah que dama!
Perguntais-me por meu amo,
E não por hum que vos ama?
SOLINA.
E quem he esse amador,
Que quer ter comigo passo?
Será elle algum madrasso?
VILARDO.
Eu sou o mesmo, que o amor
Me quebra pelo espinhasso.
E mais vós sabei de mi,
Se eu a dizê-lo me atrevo,
Que desque esses olhos vi,
Que yo ni como, ni bebo,
Ni hago vida sin ti.
E mais para namorado
Não sou ora tão madraço.
SOLINA.
Sois muito desmazelado.
VILARDO.
Mas antes, de delicado