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Página:Obras de Manoel Antonio Alvares de Azevedo v1.djvu/169

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Creio vê-la inda formosa,
Nos cabelos uma rosa,
De leve a janela abrir...
Tão bela, meu Deus, tão bela!
Por que amei tanto, donzela,
Se devias me trair?
 

A SAUDADE

A casa está deserta. A parasita
Nas paredes estampa negra cor,
Os aposentos o ervaçal povoa,
A porta é franca... Entremos, trovador!
 

O POETA

Derramai-vos, prantos meus!
Dai-me mais prantos, meu Deus!
Eu quero chorar aqui...
Em que sonhos de ebriedade
No arrebol da mocidade
Eu nesta sombra dormi!
 
Passado, por que murchaste?
Ventura, por que passaste
Degenerando em saudade?
Do estio secou-se a fonte,