E que poetas que perdeu o mundo
Em Bocage e Marlowe!
Morrer! ali na sombra, na taverna,
A alma que em si continha um canto aéreo
No peito solitário!
Sublime como a nota obscura, eterna,
Que o bronze vibra em noites de mistério
No escuro campanário!
O meus amigos, deve ser terrível
Sobre as tábuas imundas, inda ebrioso,
Na solidão morrer!
Sentir as sombras dessa noite horrível
Surgirem dentre o leito pavoroso...
Sem um Deus para crer!
Sentir que a alma, desbotado lírio,
Dum mundo ignoto vagará chorando
Na treva mais escura...
E o cadáver sem lágrimas, nem círio,
Na calçada da rua, desbotando,
Não terá sepultura...
Perdoa-lhes, meu Deus! o sol da vida
Nas artérias inflama o sangue em lava
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