Página:Obras de Manoel Antonio Alvares de Azevedo v1.djvu/315

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No teu seio que bate. Vem, meu anjo!
A alma da formosura é sempre virgem!
Minha virgem-irmã-meu Deus! Contigo
Oh! deixa-me viver! Eu sinto bela
A tua alma acordando refletir-se
Nesses olhos tão negros d'Espanhola.
Quero amar e viver-sonhar-em fogo
Meus frouxos dias exaurir num beijo,
Derramar a teus pés os meus amores,
Minhas santas canções a ti erguê-las,
A ti, e só a ti!-

VII

-Que tens? desmaias?
Que tens, mancebo?
-Nada. É cedo ainda.
Não é ela ainda não. Chamei por ela. . .
Foi em vão. . . delirei. . .
-Por quem?
-A morte.-