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Página:Obras de Manoel Antonio Alvares de Azevedo v1.djvu/343

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Corpo suave que nas roupas brancas
Revela apenas que desponta o seio.

Eu sei, mimosa, que tu és um anjo
E vives de sonhar, como as Ondinas,
E és triste como a rola, e quando dormes
Do peito exhalas musicas divinas!

Ah! perdoa este beijo! eu te amo tanto!
Eu vivo de tua alma na fragancia...
Deixa abrir-te n’um beijo as flores d’alma,
Deixa-me respirar na tua infancia!

Não acordes táo cedo! emquanto dormes
Eu posso dar-te beijos em segredo...
Mas, quando nos teus olhos raia á vida,
Nâo ouso te fitar... eu tenho medo!

Emquanto dormes, eu te sonho amante,
Irmã de seraphins, doce donzella;
Sou teu noivo... respiro em teus cabellos
E teu seio venturas me revela...

Deliro... junto a mim eu creio ouvir-te
O seio a suspirar, teu ai mais brando,