o alento que me desmaia — uma mulher que eu amasse.
Eis ahi pois tudo — amor, poesia. Só nâo te fallei na gloria. Nem te fallo. Rir-te-hias de mim e della, como eu tanbem me rio. Gloria! em nossa terra! Oh! cysnes brancos perfumados dos vapores do Céo, porque descer ao charco impuro, a nodoar os alvores, a perder os aromas? A’s aves das nuvens o céo — Aos poetas, sonhos. — Glorias da terra? Não te lembras do Dante, de Chatterton, de Byron? Não te lembras de Werner, poeta e grande tambem, morto de scepticismo e desesperança sob a sua grinalda de orgia? Glorias da terra! Os applausos da turba — enfezados louros, o mais das vezes tressuados de sangue, salpicados do lodo do insulto, e da bava da inveja.
Adeus, meu Luiz. A belleza do espiritualismo é o amor das almas — essa afinação que as palpita unisonas par a par ainda na separação, ainda quando os sentidos que nos ligão á matéria não tactêão mais o objecto que se ama. Adeus. Assim como eu te amo, ama-me. Não esqueças entre tuas campinas do Rio Grande, ao riso de labios de rosa onde se desvelão perolas, das tuas patricias bellas
O teu amigo,
Azevedo.