que o vinho lhe queima assaz os lábios? quem pergunta o nome da prostituta com quem dormia e que sentiu morrer a seus beijos, quando nem ha dele mister por escrever-lho na lousa?
Solfieri encheu uma taça — Bebeu-a. — Ia erguer-se da mesa quando um dos convivas tomou-o pelo braço.
— Solfieri, não é um conto isso tudo?
— Pelo inferno que não! por meu pai que era conde e bandido, por minha mãe que era a bela Messalina das ruas — pela perdição que não! Desde que eu próprio calquei aquela mulher com meus pés na sua cova de terra — eu vô-lo juro — guardei-lhe como amuleto a capela de defunta. — Ei-la!
Abriu a camisa, e viram-lhe ao pescoço uma grinalda de flores mirradas.
— Vede-a murcha e seca como o crânio dela!