om um anel que trazia no dedo. Ao ver o anel uma lágrima correu-lhe na face e caiu sobre a carta.
— Senhor, sois um homem de honra. Se eu morrer, tomai esse anel: no meu bolso achareis uma carta: entregareis tudo a... Depois dir-vos-ei a quem...
— Estais pronto? perguntei.
— Ainda não! antes de um de nos morrer e justo que brinde o moribundo ao último crepúsculo da vida. Não sejamos Abissínios: demais, o sol no cinábrio do poente ainda e belo.
O vinho do Reno correu em águas d’oiro nas taças de cristal verde. O moço ergueu-se.
— Senhor, permita que eu faça uma saúde convosco.
— A quem?
— É um mistério... é uma mulher, porque o nome daquela que se apertou uma vez nos lábios, a quem se ama, é um segredo. Não a fareis?
— Seja como quiserdes, disse eu.
Batemos os copos. O moço chegou a janela. Derramou algumas gotas de vinho do Reno à noite. Bebemos.
— Um de nós fez a sua última saúde, disse ele. Boa noite para um de nos... bom leito e sonos sossegados para o filho da terra!
Foi a uma secretária, abriu-a: tirou duas pistolas.
— Isto é mais breve, disse ele. Pela espada é mais longa a agonia. Uma delas esta carregada, a outra não. Tirá-las-emos à sorte. Atiraremos à queima-roupa.