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Página:Obras de Manoel Antonio Alvares de Azevedo v2.djvu/372

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sangue, era filho das entranhas de minha mãe como eu... era meu irmão! Uma idéia passou ante meus olhos como um anátema. Subi ansioso ao sobrado. Entrei. A moca desmaiara de susto ouvindo a luta. Tinha a face fria como o mármore. Os seios nus e virgens estavam parados e gélidos como os de uma estátua... A forma de neve eu a sentia meio nua entre os vestidos desfeitos, onde a infâmia asselara a nódoa de uma flor perdida.

Abri a janela, levei-a ate aí...

Na verdade que sou um maldito! Olá, Archibald, dai-me um outro copo, enchei-o de cognac, enchei-o até a borda! Vede!... sinto frio, muito frio... tremo de calafrios e o suor me corre nas faces! Quero o fogo dos espíritos! a ardência do cérebro ao vapor que tonteia... quero esquecer!

— Que tens, Johann? tiritas como um velho centenário!

— O que tenho? o que tenho? Não o vedes, pois? Era minha irmã!