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Página:Obras de Manoel Antonio Alvares de Azevedo v2.djvu/92

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O 2° monologo é o canto do suicida — sombrio vai o accento nos labios do moço. São dezoito annos é uma aurora da vida que se mergulha — uma lua de ouro que por ventura ergueu-se bella, mas que a sombra da tempestade veio obumbrar...

...Salve! Primeira hora de repouso que provei na vida! Ultima da minlia vida, aurora do dia eterno! salve! — Adeos humilhações, odios, trabalhos degradantes, incertezas, angustias, misérias, torturas do coração ,— adeos! Se soubessem! se soubessem a felicidade que tenho, não duvidarião muito...


A ultima scena, como toda a peça, não tem nenhum interesse dramatico. Ha comtudo ahi aquelle pairar de uma nuvem que se ensombra e ennegrece pouco e pouco e baixa mais medonha — como na tragédia grega. Não é o lyrismo brilhante ao geito do scintdhar da poesia de Victor Hugo, aquelle fervor que lhe corre nos diálogos, não — é a agonia do suicida que o opio repassa — é ainda a melodia.


V


ALDO.


O que no drama de Vigny fôrão quellas scenas 3ª do 2º; 4ª, 5ª, 6ª do 5º acto para Chatterton — aquelle con-