CANTO INAUGURAL
Onde o poeta ardente, esperançoso,
Que ao limiar da vida inda sentado
Hymnos soltava de harmonia cheios
Desvendando futuros?
Onde essa alma tão grande e generosa,
Essa fronte de genio erguida ao alto,
Que a cento e cento borbulhava ousada
Idéas gigantescas?
Onde pára tambem esse destino,
Essas vindouras glorias deslumbrantes
Que a mente esclarecida debuchava
Nas vestes do porvir?
1 Impressão recebida em um canto inaugural do Dr Gonçalves Dias memória do conego Januano da Cunlia Barboza.