Dorme, ó poeta, o somno do jazigo,
Muito lutaste na affanosa lide,
Descanca agora em paz, soou na campa
A hora do silencio!
Dorme, dorme, ó poeta, o somno eterno,
O véo da vida para ti correo-se;
Novas scenas p’ra ti vão desdobrar-se
Dos justos na mansão.
Dorme! — tuas noites perturbar não quero;
Deixa que espalhe apenas sobre a lousa
Estas flôres mirrhadas que bem mostrão
Minha dôr e saudade.
M. Ribeiro de Almeida.