Página:Obras de Manoel Antonio Alvares de Azevedo v3.djvu/96

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Talvez, à noite, quando a hora finda
Em que eu vivo de tua formosura,
Vendo em teus olhos... nessa face linda
A sombra de meu anjo da ventura,
Tu sorrias de mim porque não ouso
Leve turbar teu virginal repouso,
A murmurar ternura.
 
Eu sei. Entre minh'alma e tua aurora
Murmura meu gelado coração.
Meu enredo morreu. Sou triste agora,