106 CLÁUDIO MANOEL DA COSTA 3. Ah possa a minha Muza (se e’ que a tanto Aos Vatés se permitte) em sabio agoiro Dos Luzos fastos consolando o pranto, Darte ua ideia do cortado loiro: Se outros dos Reinos, onde habita o espanto Trouce aos seus Julios o diadema de oiro ; Eu que ao de Mantua occupo igual assento, Igual fortuna nos meus yersos tento. 4. Verás, ó Pedro, da roubada Espoza Um ramo rebentar, que ao Trono extincto Illustre excelsa successáo glorioza Na longa idade renderá distinto : Este João será, de quem na honroza Serie de Heroe®, que já me finjo, e pinto Mil vagarozos suspirados Nettos Virão nascendo para os Regio* Tectos. 5. Tu lhe tens dado a mão formoza Telles Clara Irman da suavissima Rainha, A quem de Colcos as doiradas pelles O claro Tejo tributar convinha. Os dois Infantes restaurando aquelles Reaes brazões, a amada Patria minha, Farão chegar (ah mente o meu desejo:) Farão chegar a casa d’Essa ao Tejo. 6. Eu a verei nascer em ti, Fernando, Do Grénde Pedro afortunado Netto, De ti a prole augusta vem pulando, Que do meu Vaticínio enche o projecto :
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