a duas semanas, mandava postar o Baptista á janella do hotel, para elle se safar, mal a pobre coronela dobrasse a esquina! E com a hollandeza, com Madame Rughel, peior ainda. Nos primeiros dias foi uma insensatez: queria-se estabelecer para sempre na Hollanda, casar com ella (apenas ella se divorciasse), outras loucuras; depois os braços que ella lhe deitava ao pescoço, e que lindos braços, pareciam-lhe pesados como chumbo...
— Passa fóra, pedante! E ainda lhe escreves! gritou Ega.
— Isso é outra cousa. Ficamos amigos, puras relações de intelligencia. Madame Rughel é uma mulher de muito espirito. Escreveu um romance, um d’esses estudos intimos e delicados, como os de Miss Brougthon: chama-se as Rosas Murchas. Eu nunca li, é em hollandez...
— As Rosas Murchas! em hollandez! exclamou Ega apertando as mãos na cabeça.
Depois vindo plantar-se diante de Carlos, de monocolo no olho:
— Tu és extraordinario, menino!... Mas o teu caso é simples, é o caso de D. Juan. D. Juan tambem tinha essas alternações de chamma e cinza. Andava á busca do seu ideal, da sua mulher, procurando-a principalmente, como de justiça, entre as mulheres dos outros. E après avoir couché, declarava que se tinha enganado, que não era aquella. Pedia desculpa e retirava-se. Em Hespanha experimentou assim mil e tres. Tu és simplesmente, como elle, um devasso;