cascalhara, denunciando logo n’essa simples estrophe dois erros de grammatica, um verso errado, e uma imagem roubada a Beaudelaire!
Então Ega, que bebera um sobre outro dois calices de cognac, tornou-se muito provocante, muito pessoal.
— Eu bem sei por que tu fallas, Alencar, dizia elle agora. E o motivo não é nobre. É por causa do epigramma que elle te fez:
O Alencar d’Alemquer,
Acceso com a primavera...
— Ah, vocês nunca ouviram isto? continuou elle voltando-se, chamando os outros. É delicioso, é das melhores cousas do Craveiro. Nunca ouviste, Carlos? É sublime, sobre tudo esta estrophe:
O Alencar d’Alemquer
Que quer? Na verde campina
Não colhe a tenra bonina
Nem consulta o malmequer...
Que quer? Na verde campina
O Alencar d’Alemquer
Quer menina!
Eu não me lembro do resto, mas termina com um grito de bom senso, que é a verdadeira critica de todo esse lyrismo pandilha:
O Alencar d’Alemquer
Quer cacete!
Alencar passou a mão pela testa livida, e com o olho cavo fito no outro, a voz rouca e lenta:
— Olha, João da Ega, deixa-me dizer-te uma cousa, meu rapaz... Todos esses epigrammas, esses dichotes lorpas do rachitico e dos que o admiram, passam-me