e intimo. Carlos escutando, julgou sentir uma falla abafada de mulher... Impaciente, foi á cozinha. A criada estava sentada á meza, com a mão mettida pelos cabellos, sem fazer nada, a olhar para a luz: o pagem, espaparrado n’uma cadeira, chupava o seu cigarro.
— Quem foi que entrou? perguntou Carlos.
— Foi a criada do sr. Cohen, disse o garoto, escondendo o cigarro atraz das costas.
Carlos voltou ao quarto, annunciando:
— É a confidente. As cousas terminam amavelmente.
— E como queria você que terminassem? disse Craft. O Cohen tem o seu Banco, os seus negocios, as suas letras a vencer, o seu credito, a sua respeitabilidade, todo um arranjo de cousas a que não convém um escandalo... É isto que calma os maridos. Além d’isso, já se satisfez, já lhe offereceu pontapés...
N’esse instante houve um rumor na sala, Ega abriu violentamente a porta.
— Não ha nada, exclamou elle, deu-lhe uma coça, e vão ámanhã para Inglaterra!
Carlos olhou para o Craft — que movia a cabeça, como vendo todas as suas previsões realisadas, e approvando plenamente.
— Uma coça, dizia o Ega, com os olhos chammejantes e n’uma voz que sibillava. E depois fizeram as pazes... Vem ainda a ser um menage modelo! A bengala purifica tudo... Que canalha!