OS SIMPLES
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E por isso arreda pestes, ventanias,
Fomes e procellas, bruxas e trovão,
Lá para malditas, negras penedias,
Onde silvam cobras doudas e bravias,
E onde não existe nem christão, nem pão!...
E por isso ex-votos, que relembram dores,
Cobrem de ternura todo o seu altar:
Bustos de meninos, mãos de cavadores,
Tranças de donzellas, soluçando amores...
Corações e peitos, de fazer chorar!...
Alvas capelinhas, sempre milagrosas,
Sois n'essas alturas para os olhos meus,
Como ninhos virgens d'orações piedosas,
Miradoiros brancos de luar e rosas,
D'onde as almas simples entreveem Deos!...
90-91.