II.
O MONSTRO.
Para acreditar na pieuvre é preciso tel-a visto.
Comparadas á pieuvre, as velhas hydras fazem sorrir.
Em certos momentos parece que o elemento fugitivo que fluctua em nossos sonhos, encontra na realidade imans aos quaes esses lineamentos se prendem, e dessas obscuras ficções do sonho surgem creaturas. O ignoto dispõe do prodigio e serve-se delle para compôr o monstro. Orpheu, Homero e Hesiodo só poderam fazer a chimera; Deos fez a pieuvre.
Quando Deos quer excede no execravel.
A razão desta vontade é o medo do pensador religioso.
Admittidos todos os ideaes, se o terror é um fim, a pieuvre é uma obra prima.
A baleia é enorme, a pieuvre é pequena; o hypopo-