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Página:Osmîa - tragedia de assumpto portuguez, em cinco actos (1788).pdf/74

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Que t'embarga?... piedade em ti naõ mora.

Oſmîa. Iſto ſó me faltava [1] Do meu fádo
Toda a furia raivoſa me accommette.
Pretor [2] mais naõ me afflijas. Déra a vida
Por conſervar a tua: o meu conſelho
Segue velóz. O Ceo... o Ceo quizera [3]
Que ingrata foſſe Oſmîa e que naõ viſſe
Em ti Romano illuſtre o mais ſublime
O mais digno... o mais grato. [4]

Lelio. Acaba, Oſmîa.

Oſmîa. [5] Acabo de viver, Pretor, oh Deoſes!
Ah! Salva-te, Pretor

Lelio. Oſmîa!...

SCENA VII.
LUCIO, PROBO com a eſpada na maõ á frente das guardas, que entraõ por diverſas partes. LUCIO detem, o PRETOR, que vai em ſeguimento d'OSMÍA: e o PRETOR apenas entra no Theatro, diz com a maior rapidez.
 

Probo. AS armas!

Lucio. Corre, Lelio: o Vetao aſſalta o campo...

Lelio. [6] Eſta eſpada ao Traidor... Tu fegue Oſmîa,
Velóz a ſegue, Probo, e ma defende..

SCE-

  1. Com extrema afflicçaõ.
  2. Com brandura.
  3. Com a mais viva expreſſaõ.
  4. Soa a buzina, Oſmîa faz huma acçaõ de extrema anguſtia, e depois de hum breve momento, corre para o bosque.
  5. Já do boſque volta, e no tom do clamor mais aſpero, diz.
  6. Empunhando a eſpada, corre Lelio para o campo ſeguido de Lucio, e dos guardas; e Probo depois das ultimas palavras de Lelio, parte tambem correndo para o boſque.