vivem livres e felizes na cidade de Sólon como na cidade dos eunucos gregos”. Nos Mártires, canto XV, põe na boca de Demódoco estas palavras (trad. de F. Elísio):
- “Cada ano erguem seu vôo, essas cegonhas,
- De abas do Ilisso e areias de Cirene,
- E aos campos de Ereteu cada ano voltam.
- Quantas vezes não acham erma a casa
- Que florente ficou, quando partiram!
- Quantas o mesmo teto em vão buscaram
- Onde não tinham de lavrar seus ninhos!”
Nada há tão deveras melancólico como esse contraste do homem com toda a mais natureza. Muita vez, subindo a alguma das eminências da nossa cidade, e lançando os olhos do corpo a essa vasta aglomeração de obras que a civilização criou e perfez, volvo os da alma a quatro séculos antes, quando uma sociedade semibárbara dominava as margens do golfo e as terras interiores. Nenhum vestígio há já dela; nenhum vestígio há de haver da nossa, depois que volverem outros séculos; mas o sol que os aluminou e nos alumia é o mesmo; e toda a natureza parece indiferente às nossas obras caducas.
(8) | Se da antiga capela á varzea humilde |
O sucesso a que aludo ocorreu justamente três meses antes do conflito da devassa. A matriz da cidade estava então na