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Página:Paquita; poema em XVI cantos, Bulhão Pato, 1894.djvu/72

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PAQUITA

Nâo passara de sombra fugitiva,
Que a luz do sol instantes encobriu,
Varrida em breve pela aragem viva.
O pranto nas pupillas refulgiu,—
O doce pranto, que a alegria esparge,
E facil pelo rosto se deriva!


Versos a Julia! pois, sob este nome,
A primeira explosão apaixonada
Da profunda saudade, que o consome,
Apparece na rima descuidada,
Na voz que inda se eleva debilmente,
Mas graciosa, sentida, e cadenciada!


Emfim, para mais clara intelligencia
D'esta acabada e classica epopeia,
Vou dar a traducção. Tenha paciencia
O erudito leitor, se a minha veia,
Que se não presta, como tenho dito,
Á fórma de trabalhos d'esta essencia,