A MÁRIO DE ANDRADE
Mestre querido.
Nas muitas horas breves que me fizestes ganhar a vosso lado dizíeis da vossa confiança pela arte livre e sincera… Não de mim, mas de vossa experiência recebi a coragem da minha Verdade e o orgulho do meu Ideal.
Permiti-me que ora vos oferte este livro que de vós me veio. Prouvera Deus! nunca vos pertube a dúvida feroz de Adriano Sixte…
Mas não sei, Mestre, se me perdoareis a distância mediada entre estes poemas e vossas altíssimas lições… Recebei no vosso perdão o esforço do escolhido por vós para único discípulo; daquele que neste momento de martírio muito a medo inda vos chama o seu Guia, o seu Mestre, o seu Senhor.
Mário de Andrade
14 de dezembro de 1921
S.PAULO