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E depois por amores de um frade
Ao supplicio o abbade arrastei.
Os amantes, a quem despojei,
Conduzi das desgraças ao cumulo,
E alguns filhos, por artes que sei,
Me cahírão do ventre no tumulo.
GALLO PRETO.
Como frade de um santo convento
Este gordo toutiço creei;
E de lindas donzellas um cento
No altar da luxuria immolei.
Mas na vida beata de assetico
Mui contricto rezei, jejuei,
Té que um dia de ataque apopletico
Nos abysmos do inferno estourei.
ESQUELETO.
Por fazer aos mortaes crua guerra
Mil fogueiras no mundo ateei;