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E reboar nas broncas serranias,
Gemer no pinheiral, roncar no abysmo
Co’as despenhadas aguas ribombando;
Sobre seus lares adejai cantando,
Alegres como o trino da andorinha;
E do repouso nas caladas horas,
Do leito seu afugentai cuidados,
Negras visões, anciados pesadêlos;
O somno lhe embalai, e sobre a fronte
Fazei pousar-lhe um sonho de esperança,
Qual flôr mimosa a vicejar no pino
De erma rocha, surcada pelos raios.